O Alemão tem 400 mil moradores. 600 bandidos. Olhando todas as reportagens (antes da ocupação) parecia o contrário, não?
A população de universitários da Maré é muito superior à de bandidos. Mas as matérias de lá são quase que exclusivamente sobre violência.
Deve ser porque a bala cortando o céu é a única coisa que se vê a partir do asfalto. O barulho do tiro, a única coisa que se ouve.
E o jornalismo brasileiro ainda se faz do asfalto, ainda não experimentou atravessar a “fronteira”. Vê com binóculos – e aí a imagem tende a estar embaçada.
Mas o jornalismo de verdade precisa estar perto das pessoas. É nisso que eu acredito. É pra isso que estou me formando.
2 comentários:
Estamos precisando muito de um jornalimos sem fronteiras! Acho que é essa a essência da profissão. Espero que a maioria dos formandos da 1° turma, pensem como vc.
Estamos precisando de jornalistas!
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