25/01/2011

Circo?

De um gaiato, na comunidade de Volta Redonda no orkut, ao responder sobre a existência de um Escola Circense no município. Vale a pena pela crítica e criatividade:


Funciona no Teatro do Aço, que é ao lado do Aeroporto da cidade.
Para chegar, é mais rápido pela rodovia do contorno.
Se vier de fora, desce na parada do Trem Bala.
Tem toda estrutura possível, inclusive apoio de profissionais do Hospital Regional.
Os artistas ali formados tem pautas e empregos garantidos, graças ao grande esforço da Secretaria de Cultura em fomentar a prata da casa.
Maiores informações, pode buscar no quiosque turístico da área expandida do Sider Shopping.


[pra quem não é daqui, uma explicação: o cara conseguiu reunir um uma única resposta os principais projetos prometidos há anos para a população e não tirados do papel - ou, mesmo que tirados do papel, ainda muito longe de se concretizarem... São as lendas da cidade, em resumo]

19/01/2011

Salvem os cachorros!

Cachorro comoveu o Brasil por estar velando o túmulo de seus donos.
Depois, descobriu-se que a história era falsa.

Com todo o respeito ao melhor amigo do homem, o que está acontecendo na Região Serrana é lamentável: falta água potável para a população, sobra nos abrigos caninos. Tem algo errado, não?

Uma reportagem transmitida um telejornal noturno despertou minha atenção para isso. As cenas, no entanto, não representaram nenhuma novidade – apenas explicitam um comportamento que me choca faz tempo.

Sim, existe uma filosofia em curso que privilegia os cães sem dono em detrimento às crianças órfãs. A sensibilidade está muito mais apurada quando se trata dos filhotes que dos bebês. Se a comparação é com um jovem ou adulto então...

Presenciei isso há alguns anos. Tinha uma amiga na Escola Técnica de alma muito nobre e um coração enorme. Mas mendigos, moradores de rua e até mesmo crianças não lhe chamavam muita atenção. Já os cachorros...

E ela tinha a justificativa na ponta da língua: “Os bichinhos não pediram para nascer, não quiseram estar ali. Os homens estão ali porque querem, não trabalham, não correm atrás”. Era esse o raciocínio.

Talvez nem todas as visões sejam extremistas a este ponto. E não há mal algum em gostar (amar, cuidar) de animais – eu mesmo tenho um cachorro muito querido. Mas acho que tem limites!

Aos animais, o que lhes é de direito: carinho, atenção, cuidado. Qualquer coisa que ultrapasse isso, me parece exagero. Em situações extremas como a de Friburgo e adjacências, me cheira a falta de sensibilidade.

Cachorros podem beber água da chuva (ainda que não seja o desejável). Homens precisam de água potável. Centenas de litros d’água encaminhados aos cães, enquanto na esquina ao lado crianças choram por uma gota de qualquer líquido que seja, é uma inversão de prioridades que não consigo entender.

Todo carinho aos leais amigos, mas toda ajuda financeira a quem de fato precisa. A Região Serrana precisa neste momento de comida, água e roupas. Não de ração.

11/01/2011

Dia de festa!

O craque abraça "a craque": Patrícia Amorim e diretoria do Fla deram show de profissionalismo

O presidente do Corinthians disse que Ronaldinho ficaria muito longe do Rio. A diretoria do Grêmio alugou caixas de som. O presidente do Palmeiras anunciou o acerto uma duas ou três vezes. A do Flamengo, ficou calada. A primeira declaração oficial veio na sexta. No sábado, o Milan anunciou que o craque era do Flamengo.

A partir do acordo selado com o clube carioca, Grêmio e Palmeiras disseram que “desistiram” do negócio. Coletiva com a imprensa, nota oficial no site, xingamentos a Assis, só não admitiram o óbvio: jogaram a toalha porque haviam perdido o negócio. O Gaúcho escolhera o Fla. E ponto.

E aí a “novela” ganhou capítulos finais na segunda-feira – não sem antes o fanfarrão do André Sanchez dizer que daria R$ 1,8 mi por mês a Ronaldinho e insinuar que o Flamengo só levara porque o “timão” não entrara na negociação ainda.

Enfim, porque estou contando todos os capítulos da saga e novela (chata, admito)? Sobretudo para exaltar a sobriedade da diretoria do Flamengo na condução do caso. Os negócios começaram ainda no meio do ano passado. As mesmas garantias que Assis deu para Grêmio e Palmeiras, que entraram na parada depois, foram dadas ao Fla – só que, ao contrário das demais diretorias, a rubro-negra não anunciou nem montou festa precipitadamente para o craque.

Não sei o que Assis realmente fez ou deixou de fazer. Acredito, pelos relatos, que realmente agiu de forma equivocada. Foi antiético, dizem alguns. Mas, se foi, foi com os três clubes – e apenas um não se deixou ludibriar com as estratégias do empresário.

Enfim, parabéns Patrícia – presidente que eu levo a maior fé – e parabéns Nação! Contra toda a torcida adversária, que não tem metade da nossa força, o craque é nosso!

[Os arco-íris] Podem dizer que há muito tempo RG não joga nada (no que eu discordo totalmente), podem secar a nova contratação do Fla, podem exibir seus recalques e preconceitos... mas o fato é um só: as maiores contratações da história do futebol brasileiro têm carimbo rubro-negro. E Ronaldinho chega para abrilhantar essa galeria.

É dia de festa! E deixemos que chorem os que não alcançaram essa glória. É só o que lhes restam...

06/01/2011

Inspiração, cadê você?

Sem inspiração. É assim que me encontro. Para apurar, para escrever, para sentar na cadeira em frente ao meu computador. Não sai nada que seja digno de ocupar este espaço.

O ano novo começou e com ele muitas esperanças. Acho que esse será um ano especial. Daqueles inesquecíveis. E tenho bons motivos para apostar nisso.

A semana também está ótima, obrigado. Uma preocupação aqui, outra ali (e uma outra que vai e vem, vai e vem), mas está tudo correndo na maior normalidade. Tudo bem.

Mas tem algo que me inquieta. Aliás, que não me inquieta, que tem me dado um ar meio blasé nesses últimos dias. Sim, o desânimo bateu por aqui – e não dá sinais de que vai embora tão cedo.

E o desânimo traz consigo uma série de elementos terríveis. Incluindo aí, com muito pesar, a tal da falta de inspiração que falei no início deste texto (uma verdadeira praga para qualquer jornalista).

Mas vai passar... até uva passa, não é isso que diz a piada mais medíocre que consegui lembrar agora? Até mesmo – e subo consideravelmente de nível aqui – eu passarinho, não é Mario Quintana? Passará. Passarei.

E enquanto não passa (e enquanto não passo) vou buscando a inspiração que não vem simplesmente para dizer um oi por aqui. E desejar um ótimo ano para todos.

Um ano de paz, saúde, felicidade, dinheiro, realizações e... inspiração. Muita inspiração!