Há 10 anos, abril de 2003, quatro jovens foram executados no Morro do Borel. Os autores dos disparos, que atingiram as costas e as nucas das vítimas, foram policiais militares. Não há pena de morte instituída no Brasil; a execução de qualquer indivíduo, mesmo aqueles à margem da lei, é criminosa e indefensável. Mas neste caso vale destacar o perfil dos mortos, até para sublinhar o tamanho da tragédia: um era taxista; o outro, pedreiro; um terceiro, estudante; e o quarto sequer morava no Brasil, estava no Rio apenas para o alistamento militar obrigatório. Nenhum dos quatro era ligado às atividades do tráfico. Morreram sem poder se identificar.
26/04/2013
02/04/2013
"Eu não tenho soluções. Eu só tenho opiniões"
Li duas entrevistas no início dessa semana que gostaria compartilhar. Uma lá da década de 70, com o grande Dom Helder Câmara, uma das vozes mais agudas em favor dos pobres e dos direitos humanos na história deste país; outra, mais recente, com a secretária de planejamento da prefeitura de São Paulo, Leda Paulani, em que ela dá uma grande esperança aos que acreditam em um Estado que (re) assuma seu papel de ordenador dos espaços públicos, para que sejam justos e igualitários. Ambas são longas e densas, e não têm necessariamente relação - ainda que dê pra fazer paralelos aqui e ali. Apenas li e fiquei com uma vontade imensa de indicar, compartilhar, discutir.
* o título do post, por falta de criatividade deste que vos escreve, é tirado da entrevista de Dom Helder.
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